sábado, 4 de maio de 2013

Aula 30.04 - Back to Basics

Nesta aula discutimos o papel do Marketing em si dentro do Marketing Information System, e como os 4Ps originais de Kotler não se encaixam mais, mas sim os 4Cs (Customer Value, Cost, Convenience, Communication). Além destes, variáveis que são importantes para o MIS são vendas, competição e informação.

 O marketing tem o papel de reconhecer o mercado e segmentar o público-alvo da empresa da melhor forma a fim de auxiliar na construção do papel de líder de mercado da empresa, pois quanto mais a empresa souber sobre seu consumidor, mais será possível entregar um produto ou serviço melhor, ou até encontrar uma inovação que atenda a uma necessidade inexplorada e tornar-se líder em um mercado inexplorado, praticando os preços que deseja.

Para exemplificar como o MIS funciona na prática, foi utilizado o exemplo da Colgate que, para resolver um problema e tomar uma decisão quanto a solucioná-lo, A decisão foi tomada com base na inteligência adquirida através do MIS. A partir dos dados coletados sobre o mercado de escova de dentes, os dados mais relevantes foram transformados em informação que, por sua vez, foi transformada em conhecimento a fim de oferecer o melhor suporte possível para a tomada de decisão, por fim virar inteligência, ou seja, o conhecimento aplicado efetivamente para a tomada de decisão.

Um ponto importante da aula foi a discussão que falar de marketing também é falar de pessoas, pois tudo que marketing faz é feito por ou direcionado para elas. Ou seja, nenhuma companhia é uma ilha sozinha no mercado, assim como marketing não é instrumento que lida com coisas abstratas como muitas vezes é erroneamente percebido.

A notícia abaixo, que fala que CMOs (Chief Marketing Officer) vão contratar mais pessoal de TI do que o próprio departamento de TI, e que isso reflete a necessidade do marketing, e dos profissionais de marketing, a estarem mais em conexão com novas tecnologias, não só para o marketing externo, mas também para o marketing interno.

http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/05/02/A-busca-das-empresas-por-um-novo-profissional-de-marketing-e-comunicacao-.html


Esta frase representa bem esse papel e o papel do MIS na empresa: ""Big data" é uma realidade e o poder analítico para tomada de decisão é um diferencial competitivo relevante. Mobilidade está explodindo, social business também, e ambos são 100% dependentes de TI".


Esta trata sobre a importância das pessoas perante a empresa: "Eu diria que as duas áreas caminham para um futuro muito mais promissor do que tempos atrás, pois ambas têm o cliente como sua principal agenda"

E, por fim, esta apresenta a necessidade do profissional de marketing em não pensar apenas na parte criativa do marketing, mas sim no MIS também, por exemplo :" No meio disso tudo está o profissional de marketing, cujo papel e expectativa das empresas vem passando por grande transformação Hoje não basta mais ser bom criativo e bom planejador. O uso de mais tecnologia para análise de dados, e para própria operação da área de marketing, vai exigir profissionais que tenham mais intimidade com tecnologia, matemática e estatística". 



sábado, 27 de abril de 2013

Iniciamos a última aula abordando o Information System composto por administração, organização e tecnologia. Este se trata de uma combinação de hardware, software, infraestrutura e um quadro de funcionários organizado a fim de facilitar o planejamento, controle, coordenação e processo de decisões dentro de uma organização a partir da coleta, filtro, processamento, criação e distribuição de dados.

Na vida real, o Information System podem ser dividido em:

- Operational Information: responsável pelo processamento de transações diárias de modo eficiente, e pela preservação integral de dados transacionais.

- Management Information: usada com o intuito de facilitar atividades estratégicas e operacionais, ou seja, uma síntese das informações operacionais que permite a realização de decisões.

A partir destes sistemas de informações, temos o Marketing Information System, um sistema de Management Information que procura juntar itens diferentes de dados em um corpo coerente de informação e também fornece métodos de interpretação das informações do MIS. Além disso, como a definição de Kotler diz, um MIS é mais que um sistema de coleta de dados ou um conjunto de tecnologia de informações:

"a marketing information system is a continuing and interacting structure of people, equipment and procedures to gather, sort, analyse, evaluate, and distribute pertinent, timely and accurate information for use by marketing decision makers to improve their marketing planning, implementation, and control."


No link abaixo, segue um artigo da Food and Agriculture Organization da ONU, detalhando os assuntos tratados na aula como o processo de decisão baseado no Operational e Management Information System, focando no final do texto nos components do MIS.

http://www.fao.org/docrep/W3241E/w3241e0a.htm

sábado, 6 de abril de 2013

Retail Lab - Aula dia 02.04

Na aula do dia 02.04, fizemos uma visita ao Retail Lab da ESPM. Em um primeiro momento, aprendemos sobre o laboratório e suas atividades. O Retail Lab foi todo construído a fim de poder ser adaptado às necessidades do momento (prateleiras móveis, iluminação móvel, enfim, todo o layout é flexível), e entre suas atividades estão:

  • Aulas da própria ESPM, nas quais os alunos devem aplicar o que aprenderam em sala de aula e remontar uma categoria na prateleira;
  • Treinamentos externos, tais como o da SEBRAE sobre vitrinismo, por exemplo;
  • Pesquisa de Planograma: realizam pesquisas para determinar o posicionamento de cada produto na gôndola, ou o resultado do posicionamento atual deles (como por exemplo o teste com  o planograma da Unilever, no qual, era observado aonde as pessoas paravam na prateleira, o que foi comprar, o que acabou comprando e por quê);
Nisso, vimos alguns conceitos, importantes:

  • Em relação à iluminação, esta pode ser responsável por 50% das vendas;
  • Uma loja hoje em dia não é apenas um ponto de venda, mas sim um ponto de relacionamento, composto não só pelos produtos que vendem, mas também por cheiro, música e iluminação característicos, chamados de merchandising de varejo; 
  • Que o planograma é inicialmente determinado pela líder de mercado na categoria, mas pode variar em cada ponto de venda, dependendo de a) Negociação entre fornecedor e varejista; b) Giro do produto naquele lugar específico; c) Promoções pontuais; d) Rentabilidade;
Vimos também alguns tipos alternativos de materiais promocionais utilizados no ponto de venda (merchandising):
  • Stopper: Placas que se destacam da prateleira para os produtos ali expostos não passarem despercebidos, pois a placa está na sua visão frontal, enquanto os produtos estão em sua visão lateral;
  • Faixa de Gôndola: Faixa utilizada na gôndola e/ou prateleira para chamar atenção do produto ali exposto;
  • Cross-Merchandising: Colocar produtos relacionados próximos. Por exemplo, colocar queijo-ralado pendurado perto do setor de massas. É uma estratégia que costuma dar certo pois o produto passa a estar localizado em dois locais diferentes no mesmo ponto de venda, aumentando as chances de seu consumo. Existem agências especializadas que realizam este trabalho para as empresas;
  • Display carona: É como uma mini-cesta no início da gôndola, a fim de chamar a atenção para seu produto que está ali disponível antes de outros produtos similares, aumentando então as chances dele ser comprado antes do concorrente;
  • Mobile: Cartaz pendurado no teto, para chamar a atenção.
Por fim, vimos algumas novidades no campo da automação do ponto de venda: 

  • QRCode: Como um código de barras, mas ao fotografar o usuário é redirecionado para um link ou foto, por exemplo. O exemplo utilizado foi o da Tesco na Coréia do Sul, que utilizou-se do código para permitir que os consumidores fizessem suas compras a partir da estação do metrô;
  • Rfid: Radio Frequency Identification: A partir de uma espécie de adesivo identificável através de ondas de rádio, vários projetos com o uso da tecnologia estão surgindo, tais como: Fazer inventário de estoque através do uso do Rfid (Já existente); Ter o adesivo em todos os produtos de um supermercado, por exemplo, e, graças à leitura do aparelho de rádio-frequência, não ser necessário tirar as compras do carrinho para saber o que foi comprado;
  • Display digital: telas no ponto de venta;
  • Self-checkout: Já existente, máquinas nas quais o próprio consumidor faz seu check-out da loja, passando os produtos pelo leitor e pagando;
  • Pagamento móvel: Através de microchip no celular, ou apps em conjunto com pequenos aparelhos.Já existente;
  • Vitrine Interativa: Vitrine interativa através de displays digitais, por exemplo.
No vídeo The Future of Retail vemos alguns exemplos de automação e inovação no mundo do varejo, com as visões de empresas como Intel, Adidas e Google sobre o futuro das compras. 


O segundo vídeo, sobre o Supermercado do Futuro, demonstra o funcionamento de tecnologias como o Rfid e Digital Display dentro de um supermercado do futuro.


sábado, 30 de março de 2013

Na última aula, foi abordado como aumentou-se a demanda de ferramentas e pessoas funcionais para lidarem com o massivo fluxo de informação disponível, e saberem utilizá-las com o objetivo de obter algum retorno sobre o mesmo. A tecnologia atual permite a análise eficiente dos dados, e com isso, empresas podem montar suas estratégias prevendo e/ou reduzindo possíveis riscos, por exemplo.

Neste contexto de excesso de informação, surgem novos cargos profissionais responsáveis por administrar os dados afim de selecionar aqueles úteis e capazes de trazer lucros para a empresa, como gerentes de inteligência de mercado e Chief Data Officers. Entende-se por inteligência de mercado a capacidade de analisar os dados competitivos e relevantes, observar os concorrentes e consumidores; e criar um cenário para definir novas formas de ação estratégica.

Além da criação de novos cargos como os citados, alguns perfis de empregos existentes vêm se alterando como o caso do Chief Information Officer (CIO). Em vez de focarem mais no setor de tecnologia da empresa, o CIO terá que se responsabilizar por estratégias globais ligadas às informações dela.

A reportagem do Globonews abaixo, relata como as redes sociais, por exemplo, mudaram os comportamentos dos consumidores, onde eles têm a liberdade de se expressarem e, assim, a necessidade das empresas por um profissional de inteligência de mercado atento às tendências de mercado e ao comportamento dos concorrentes, clientes e da mídia, gerando receita ao mesmo tempo.


domingo, 24 de março de 2013

Começamos a aula discutindo o conceito de que conhecimento não é adquirido apenas por ele próprio, mas sim para auxiliar na tomada de decisão, da ação certa para o objetivo almejado. A partir disso, definimos a diferença entre decisão estratégica e decisão tática, com baseno exemplo genérico da Unilever.

Se o CEO global da Unilever decide que a empresa deverá crescer 5%, isso é uma decisão estratégica com o objetivo que será transmitido a todas as subsidiárias. Os CEOS das Unilevers locais tomarão decisões também estratégicas, junto com os diretores de área, em como isso pode ser feito (reduzir pessoal em 10%, lançar 10 linhas no mercado, tirar 2 produtos de linha, comprar 2 máquinas, etc).

A decisão tática é a decisão do dia-a-dia, de como fazer as decisões estratégicas acontecerem. Por exemplo, o diretor da fábrica se reunirá com seu pessoal e decidirá que máquinas comprar, de que fornecedor, como pagar, aonde clolocar, etc. Isso são decisões táticas.

Com isso, pode-se dizer que nenhum homem e/ou organização é uma ilha, pois precisa de toda estrutura de pessoas realizando diferentes tarefas e responsabilidades e tomando diferentes decisões táticas para que o funcionamento seja completo.

A partir disso, chega-se a ideia de que o manager de uma empresa deve ser alguém que trabalha em grupo, que consegue resultados com e através de outras pessoas, sabendo como tirar o melhor de cada um. Além disso, essa tomada de decisões é sempre acompanhada de riscos, que hoje em dia são mitigados pelos sistemas de informação.

A reportagem da revista Alfa  é sobre as competências comportamentais que um CEO deve ter, ilustra bem tudo o que foi dito acima (http://revistaalfa.abril.com.br/estilo-de-vida/carreira-financas/6-competencias-comportamentais-que-os-ceos-devem-ter/).

No texto são citadas seis competências comportamentais,  a primeira é Poder de influência e impacto no ambiente, essa competência exemplifica o fato de nenhum homem e/ou organização ser uma ilha. Duas frases da reportagem deixam isso bem claro:

"O presidente precisa ter essa habilidade para motivar os funcionários e fazer com que os outros trabalhem em equipe"

"O que as empresas mais pedem é que o executivo tenha o olhar voltado para os talentos, que saiba tirar o melhor das suas equipes e que trabalhe a meritocracia".

A competência de número quatro está relacionada com o fato de que toda tomada de decisão possui um risco. Um bom CEO tem que ter como competência a Capacidade de assumir riscos.

Na segunda parte da aula, desenvolvemos o conceito de sistema. A imagem abaixo exemplifica como funcionam os sistemas: Os inputs entram, ou seja, dados crus de dentro ou fora da organização, que serão então processados, ou seja, manipulados, comparados, analisados, etc, a fim de tomarem um significado maior para os tomadores de decisão, o que então tornará em output, ou seja, os dados processados em relatórios, gráficos e outros formatos.
                                      Retirado de: http://afis.ucc.ie/gkiely/images/System1.gif

Os Sistemas de Informação são então diferentes componentes (mecânicos, como computadores, bases de dados, softwares, etc, ou orgânicos, ouseja, as pessoas envolvidas) trabalhando em conjunto com o objetivo de coletar dados, procissá-los para melhor gerar informação e conhecimento e assim oferecer suporte para decisões e outras atividades dentro da organização.

É importante ressaltar que cada empresa tem um sistema de informação diferente, pois cada uma tem objetivo, processos e capital humano diferentes, o que então pede que a etapa de processamento de dados seja também diferenciada, com um foco específico nas necessidades da empresa.
                             Retirada de: http://http://www.fao.org/docrep/W3241E/w3241e1k.gif


sábado, 16 de março de 2013

Dados mancos

A notícia fala somente do número referente a 2011, não utilizando faturamentos de outros anos para que o leitor tenha noção se o número cresceu ou caiu, por exemplo.

No final do texto, quando menciona-se que varejistas que atuam offline podem ingressar no mercado de comércio eletrônico onde a expectativa era de um faturamento na ordem de R$ 23,4 bilhões em 2012, não explicita-se quanto da fatia eles podem faturar e nem números de outros anos para saber se o negócio teve crescimento relevante ao longo dos anos.

O texto menciona que o mercado de beleza faturou 30 milhões em 2011, sem mencionar nenhuma informação sobre outros anos ou comparações com outros setores para o leitor compreender o tamanho do valor.
  • Uruguai supera Brasil e é país líder em criação de games na América do Sul (NotíciasBR. 12.03.2013. Link: http://www.noticiasbr.com.br/uruguai-supera-brasil-e-e-pais-lider-em-criacao-de-games-na-america-do-sul-99095.html


    Apesar do texto ter muitas informações sobre o Uruguai e dizer que a indústria de videogames evoluiu ao valor de US$ 600 milhões, ele não possui dados do Brasil para entendermos o tamanho desse valor em relação ao Brasil e quão maior é a indústria do Uruguai em relação ao Brasil.


    A análise crítica da informação é um processo de aprendizado, investigação, criação, resolução de problemas e tomada de decisão. É a competência de utilizar a informação a fim de se progredir em discussões e aprofundamentos de certo tema. Para isso, é preciso que todos os esforços estejam mais voltados para a informação exclusiva, inédita, completa, exata, escrita de modo despojado e conciso, editada com inteligência, rapidez e audácia. Segue-se um curto vídeo que denota a importância da análise crítica da informação.


sábado, 2 de março de 2013

Em nossa aula do dia 26.02, começamos a nos aprofundar no conceito de informação, ou mais precisamente, na diferenciação entre dados, informação, conhecimento e inteligência (data, information, knowledge and intelligence/wisdom).

O certo nível de complexidade da relação entre estes conceitos e a nuance entre sua diferenciação fazem com que eles freqüentemente sejam confundidos como sinônimos ou similares pelo público ou pela mídia em geral. No entanto, eles representam uma escala gradativa de absorção e processamento de dados. A imagem abaixo exemplifica isso.

   

Dados são simplesmente todos fatos em sua forma crua e primária que chegam ao indivíduo, sem nenhum tipo de filtro, análise ou significado. Não possuem nenhum tipo de valor. Informação são os dados utilizados de maneira contextualizada, filtrada, analisada,  de maneira que apresente algum significado para o indivíduo, e seu valor aumenta proporcionalmente à importância e utilidade que tem para o indivíduo. No entanto, é importante ressaltar que o que é dado para uma pessoa pode ser informação para outra, tudo depende do objetivo que uma ou a outra queira alcançar. O exemplo dado em aula foi que "Hoje vai chover" é um dado para alguém que independentemente disso ficará na faculdade até às 23h. Contudo, se alguém depende desse dado para tomar uma decisão, ele se torna uma informação. Pode-se dizer então que a diferença principal entre dado e informação é, simplificadamente, que informação é um dado que é útil para o indivíduo, e que o dado, em sua forma "crua", não é.

Conhecimento é a organização da informação a fim de cumprir seu objetivo, oferecer suporte para tomada de decisão. Por depender da experiência pessoal do indivíduo em combinação com a informação adquirida, logo é um processo de caráter exclusivamente orgânico. Por fim, inteligência é o conhecimento aplicado para a tomada da melhor decisão possível que cumpra seu objetivo. É a parte "prática" do processo.


Este vídeo exemplifica o uso generalista do conceito de informação descrito acima. O que está disponível são dados, dados a serem coletados para então serem transformados em informação. Por exemplo, não importa que estejam disponíveis mais informações financeiras do que nunca, se esses dados não são de interesse o não fazem parte do objetivo de um indivíduo (por mais que sejam úteis), eles não se tornam informação, conhecimento e inteligência sobre este tópico.